A ciência utilizada é a biotecnologia, que em termos gerais desenvolve produtos por meio de processos biológicos, como por exemplo a alteração genética de espécies através da tecnologia do DNA recombinante, esta tecnologia consiste na utilização de enzimas para quebrar a cadeia de DNA em determinados lugares, inserindo segmentos de outros organismos costurando a sequência novamente. Os cientistas podem "cortar" e "colar" genes de um organismo e manipulando sua biologia natural a fim de obter características específicas. Esta alteração ocorre entre espécies diferentes presentes na natureza e com objectivo de melhorar as características do organismo em estudo.
A soja e o milho são exemplos de alimentos geneticamente modificados que estão sendo comercializados no mundo e já existem outros, como mamão, o feijão e o cacau, que ainda estão em estudo. Porém, a grande novidade é o arroz dourado, contendo beta-caroteno – precursor da vitamina A – e o tomate rico em licopeno.
Existem vários cultivos de alimentos transgénicos tais como, soja tolerante a herbicida 36,5 (Ilustração 2); milho Bt resistente a insectos 7,7 (Ilustração 3).
lustração 2 - Soja tolerante a herbicida Ilustração 3-Minho resistente a insecto
O algodão Bt resistente a insectos 2,4 é um outro tipo de transgénico (Ilustração 4);
Ilustração 4- Algodão resistente a insectos
Existindo também o algodão tolerante a herbicida 2,2 (Ilustração 5), algodão Bt tolerante a herbicida 2,2; milho Bt tolerante a herbicida 2,2.
Ilustração 5 - Algodão tolerante a herbicida
Segundo dados da indústria relativos a 2009, a soja é o transgénico mais produzido no mundo (com 52% da área total cultivada com transgénicos), seguida pelo milho transgénico (29%), pelo algodão transgénico (12%) e pela colza transgénica (5%). O cultivo de flores, beterraba, alfalfa e algumas outras espécies transgénicas é tão diminuto que não tem significado percentual. No total, em 2009, cultivaram-se 134 milhões de hectares de culturas transgénicas.
No entanto existe só dois tipos de alimentos transgénicos que podem ser cultivados que são: o milho MON 810, da Monsanto, e da Batata Amflora, da BASF (esta última não está aprovada para consumo humano, a não ser como contaminante). No entanto há muitas variedades de transgénicos autorizadas para importação, vindas de países como os Estados Unidos e Argentina, e que depois são cá usados livremente, quer na alimentação humana quer na animal. Estes são apresentados na tabela seguinte.
Algodão | Milho | Colza (espécie de couve) | Soja | Beterraba | Florigene |
LL25 MON 1445 MON 531 MON531xMON1445 MON 15985 MON15985xMON1445 | GA21 59122 1507xNK603 NK603xMON810 Bt 11 MON 810 T 25 1507 MON 863 MON863xMON810 MON 863 MON863xNK603 NK603 MON863xMON810xNK603 MIR 604 | T45 MS8xRF3 GT 73 MS8xRF3 GT 73 | MON89788 A 2704-12 MON 40-3-2 | H7-1 | Moonshadow Moondust Moonlite |
No entanto na união Europeia há vários países em que o cultivo de milho transgénico MON 810, por uma via legal, ou outra, está proibida: Áustria, Hungria, França, Alemanha, Grécia, Luxemburgo, Bulgária, Itália e Polónia. A Bulgária, Luxemburgo e a Áustria também já proibiram especificamente o cultivo da batata Amflora.
Segundo dados da indústria relativos a 2009, apenas seis países cultivam 95% dos transgénicos cultivados a nível mundial: Estados Unidos (49% do total de cultivos), Brasil (16%), Argentina (16%), Índia (6%), Canadá (6%) e China (3%). A área total cultivada com transgénicos a nível mundial, ainda segundo a indústria, foi de 134 milhões de hectares. Na União Europeia, em 2009, houve milho transgénico a ser legalmente cultivado apenas em Espanha, República Checa, Portugal, Roménia e Eslováquia. À excepção de Espanha, onde o cultivo se aproxima dos cem mil hectares, as áreas europeias dedicadas a transgénicos são bastante diminutas. Em Portugal, segundo números oficiais, o cultivo de milho transgénico em 2009 ocupou cerca de 5200 hectares. Para colocar em perspectiva: a União Europeia cultiva cerca de 580 vezes menos transgénicos (em termos de área ocupada) do que os Estados Unidos. E em Portugal a área cultivada com milho transgénico é menos de 5% da área total cultivada com milho.
Gráfico 1 - Comparação entre culturas transgénicas e convencionais
Actualmente, o cultivo destes alimentos não está de todo autorizado no continente europeu. O caso mais conhecido é o milho produzido na Espanha, o chamado milho Bt, que foi autorizado em 1998, sendo que este milho protege contra a bicha-amarela, insecto que frequentemente destrói plantações de milho. Pensa-se que 6% do milho plantado no território dos nossos irmãos é geneticamente modificado.
Para além do milho, há mais 17 espécies transgénicas permitidas na Europa tais como a colza, endívias, tabaco e craveiros. Noutros países, como o Estado Unidos da América, é produzida soja geneticamente modificada, usada para rações de animais. 81% da soja deste país é, aliás, transgénica. Para além disso, cerca de 3 quartos do algodão dos EUA é também geneticamente modificado sendo que 40% do milho está também nestas condições.
No México, por exemplo, o algodão transgénico é também permitido. No Brasil, é também plantada soja geneticamente modificada, apesar desta ser sem autorização.
O país que mais cultiva alimentos transgénicos são os Estados Unidos da América, depois segue se a Argentina, a seguir Canada e China depois Austrália, Indonésia, Índia, África do Sul, Bulgária, Roménia, Alemanha, Espanha, Uruguai, Colômbia, Honduras e o México por fim os que não cultivam nada são todos os outros que faltam como por exemplo o Brasil.
Na cultura convencional o Milho é o mais produzido seguindo- se da Soja, Algodão e Colza. Na cultura transgénica o mais produzido é a Soja seguindo- se o Milho, Algodão e a Colza.