quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Alimentos Transgénicos

Como referido anteriormente ao dizer alimentos transgénicos esta se a falar de Organismo Geneticamente Modificado (OGM) que se atinge através da inserção de genes de outro organismo, de modo a atribuir ao receptor características não programadas pela natureza. Como por exemplo uma planta que produz uma toxina antes só encontrada numa bactéria ou um microrganismo capaz de processar insulina humana ou ainda um grão acrescido de vitaminas e sais minerais que sua espécie não possuía. Tudo isso é OGM.
A ciência utilizada é a biotecnologia, que em termos gerais desenvolve produtos por meio de processos biológicos, como por exemplo a alteração genética de espécies através da tecnologia do DNA recombinante, esta tecnologia consiste na utilização de enzimas para quebrar a cadeia de DNA em determinados lugares, inserindo segmentos de outros organismos costurando a sequência novamente. Os cientistas podem "cortar" e "colar" genes de um organismo e manipulando sua biologia natural a fim de obter características específicas. Esta alteração ocorre entre espécies diferentes presentes na natureza e com objectivo de melhorar as características do organismo em estudo.
A soja e o milho são exemplos de alimentos geneticamente modificados que estão sendo comercializados no mundo e já existem outros, como mamão, o feijão e o cacau, que ainda estão em estudo. Porém, a grande novidade é o arroz dourado, contendo beta-caroteno – precursor da vitamina A – e o tomate rico em licopeno.
Existem vários cultivos de alimentos transgénicos tais como, soja tolerante a herbicida 36,5 (Ilustração 2); milho Bt resistente a insectos 7,7 (Ilustração 3).


                                                  I




                  

                                                                                          

 lustração 2 - Soja tolerante a herbicida                                       Ilustração 3-Minho resistente a insecto
                  

Existe também a Canola tolerante a herbicida 3,0; milho tolerante a herbicida 2,5;
O algodão Bt resistente a insectos 2,4 é um outro tipo de transgénico (Ilustração 4);




Ilustração 4- Algodão resistente a insectos

Existindo também o algodão tolerante a herbicida 2,2 (Ilustração 5), algodão Bt tolerante a herbicida 2,2; milho Bt tolerante a herbicida 2,2.


                                               Ilustração 5 - Algodão tolerante a herbicida

Segundo dados da indústria relativos a 2009, a soja é o transgénico mais produzido no mundo (com 52% da área total cultivada com transgénicos), seguida pelo milho transgénico (29%), pelo algodão transgénico (12%) e pela colza transgénica (5%). O cultivo de flores, beterraba, alfalfa e algumas outras espécies transgénicas é tão diminuto que não tem significado percentual. No total, em 2009, cultivaram-se 134 milhões de hectares de culturas transgénicas.

No entanto existe só dois tipos de alimentos transgénicos que podem ser cultivados que são: o milho MON 810, da Monsanto, e da Batata Amflora, da BASF (esta última não está aprovada para consumo humano, a não ser como contaminante). No entanto há muitas variedades de transgénicos autorizadas para importação, vindas de países como os Estados Unidos e Argentina, e que depois são cá usados livremente, quer na alimentação humana quer na animal. Estes são apresentados na tabela seguinte.



Algodão
Milho
Colza (espécie de couve)
Soja
Beterraba
Florigene
LL25
MON 1445
MON 531
MON531xMON1445
MON 15985
      MON15985xMON1445
GA21
59122
1507xNK603     NK603xMON810
Bt 11
MON 810
T 25
1507
MON 863
MON863xMON810
MON 863
MON863xNK603
NK603
MON863xMON810xNK603
MIR 604


T45
MS8xRF3
GT 73
MS8xRF3
GT 73
MON89788
A 2704-12
MON 40-3-2
H7-1
Moonshadow Moondust
Moonlite



No entanto na união Europeia há vários países em que o cultivo de milho transgénico MON 810, por uma via legal, ou outra, está proibida: Áustria, Hungria, França, Alemanha, Grécia, Luxemburgo, Bulgária, Itália e Polónia. A Bulgária, Luxemburgo e a Áustria também já proibiram especificamente o cultivo da batata Amflora.
Segundo dados da indústria relativos a 2009, apenas seis países cultivam 95% dos transgénicos cultivados a nível mundial: Estados Unidos (49% do total de cultivos), Brasil (16%), Argentina (16%), Índia (6%), Canadá (6%) e China (3%). A área total cultivada com transgénicos a nível mundial, ainda segundo a indústria, foi de 134 milhões de hectares. Na União Europeia, em 2009, houve milho transgénico a ser legalmente cultivado apenas em Espanha, República Checa, Portugal, Roménia e Eslováquia. À excepção de Espanha, onde o cultivo se aproxima dos cem mil hectares, as áreas europeias dedicadas a transgénicos são bastante diminutas. Em Portugal, segundo números oficiais, o cultivo de milho transgénico em 2009 ocupou cerca de 5200 hectares. Para colocar em perspectiva: a União Europeia cultiva cerca de 580 vezes menos transgénicos (em termos de área ocupada) do que os Estados Unidos. E em Portugal a área cultivada com milho transgénico é menos de 5% da área total cultivada com milho.




Gráfico 1 - Comparação entre culturas transgénicas e convencionais

Actualmente, o cultivo destes alimentos não está de todo autorizado no continente europeu. O caso mais conhecido é o milho produzido na Espanha, o chamado milho Bt, que foi autorizado em 1998, sendo que este milho protege contra a bicha-amarela, insecto que frequentemente destrói plantações de milho. Pensa-se que 6% do milho plantado no território dos nossos irmãos é geneticamente modificado.
Para além do milho, há mais 17 espécies transgénicas permitidas na Europa tais como a colza, endívias, tabaco e craveiros. Noutros países, como o Estado Unidos da América, é produzida soja geneticamente modificada, usada para rações de animais. 81% da soja deste país é, aliás, transgénica. Para além disso, cerca de 3 quartos do algodão dos EUA é também geneticamente modificado sendo que 40% do milho está também nestas condições.
No México, por exemplo, o algodão transgénico é também permitido. No Brasil, é também plantada soja geneticamente modificada, apesar desta ser sem autorização.
O país que mais cultiva alimentos transgénicos são os Estados Unidos da América, depois segue se a Argentina, a seguir Canada e China depois Austrália, Indonésia, Índia, África do Sul, Bulgária, Roménia, Alemanha, Espanha, Uruguai, Colômbia, Honduras e o México por fim os que não cultivam nada são todos os outros que faltam como por exemplo o Brasil.
Na cultura convencional o Milho é o mais produzido seguindo- se da Soja, Algodão e Colza. Na cultura transgénica o mais produzido é a Soja seguindo- se o Milho, Algodão e a Colza.

História dos alimentos transgénicos

Desde sempre os agricultores fazem uma selecção dos alimentos, escolhendo as melhores sementes de forma a obter uma melhor colheita, mais abundante e de melhor qualidade.
Híbridos entre diferentes variedades já eram conhecidos desde o séc. 16, quando agricultores seleccionavam plantas com maior rendimento  e com maior resistência a pragas e doenças.  O mesmo tem sido  feito com as espécies animais domesticados pelo homem para a produção de carne, leite e outros produtos para a actividade como transporte, o trabalho agrícola e outras.
Esta selecção só foi possível pois certas características seguiam um padrão estatístico, indicando a presença de unidades de hereditariedade. Foi esta selecção não natural que estabeleceu as bases para a moderna biotecnologia.
Em 1865, Gregor Mendel (1822-1884), demonstra a existência dos genes. A relação entre o ácido desoxirribonucleico (DNA) e os genes só seria estabelecida em 1953  por Francis Crick (1916-) e James Watson (1928-) quando descobriram como o DNA direcciona o desenvolvimento e o crescimento de todos os organismos.
Ilustração 1 - DNA
A partir daí, iniciaram-se trabalhos para transferir genes, ou segmentos de DNA, de um organismo para outro, o que se tornou possível nos anos 80, com o aprimoramento da tecnologia do DNA recombinante (que permite obter fragmentos de DNA específicos e inseri-los em locais determinados do genoma). Essa tecnologia levou a obtenção dos primeiros organismos geneticamente modificados (OGMs): plantas, animais e microorganismos nos quais foram introduzidos  (ou removidos) trechos de DNA.
Quando o genoma de um organismo é alterado pela inserção de segmentos de DNA exógenos, ou seja, de outro organismo, o novo ser é denominado transgênico.
As plantas transgênicas nada mais são que as espécies e variedades tradicionalmente cultivadas, às quais foram acrescentados um ou mais genes, introduzidos através das técnicas de transformação genética.
A obtenção de plantas geneticamente modificadas foi possibilitada no início dos anos 80, quando se descobriu que uma bactéria presente no solo tinha a capacidade de transferir segmentos de seu próprio DNA para certas plantas. Esse fenômeno natural de transferência de genes entre espécies mostrou a possibilidade de usar essa bactéria para inserir em plantas certos genes responsáveis por características desejáveis, como resistência a pragas e doenças.
A comprovação da teoria só foi realizada em 1984 pelo biólogo molecular Luiz Herrera-Estrela e o geneticista Robert B. Horsch, dentre outros, quando estes conseguiram  plantas do tabaco transformadas geneticamente via a bactéria presente no solo, através das técnicas de biologia molecular, cultura de tecidos e, transformação e seleção in vitro. Demonstrando que a bactéria (Agrobacterium tumefaciens) poderia servir como um vetor natural para a transformação de plantas e possibilitando que genes com características de interesse agronômico pudessem ser transferidos para vegetais.

Introdução


Este trabalho foi proposto no âmbito da disciplina Área de Projecto. Tendo como tema Alimentos Transgénicos, tendo como objectivos principais conhecer os alimentos transgénicos, como se obtém e quais são as principais vantagens e desvantagens da sua utilização.
Para conseguir atingir este objectivos foi realizada uma pesquisa na Web.
Este trabalho tem como finalidade conhecer os alimentos transgénicos.

Objectivos

·         Saber o que são alimentos transgénicos;
·         Saber para que servem os alimentos transgénicos;
·         Saber como se obtém alimentos transgénicos;
·         Conhecer as vantagens e desvantagens dos alimentos transgénicos.